Arquitetura
China planeja acabar com “arquitetura estranha”
Sede da CCTV, tevê estatal chinesa, em Pequim. O projeto é do aclamado escritório holandês OMA. Projetos como este não serão mais aceitos pelo governo chinês para prédios públicos. Foto: Divulgação / Site OMA
Entre a tradição e a inovação, a arquitetura da China produz prédios de formatos estranhos e gosto questionável. A réplica da Torre Eiffell na cidade de Hangzhou e o World Financial Center de Xangai, que parece um abridor de garrafas gigante, são só uma amostra dos prédios esquisitos.
Entretanto, projetos desse tipo estão com os dias contados. Isso porque o Conselho Estatal e o Comitê Central do Partido Comunista aprovou uma medida para anular projetos com arquitetura estranha, de acordo com informações do jornal The New York Times.
Arquitetura considerada “superdimensionada, xenocêntrica, estranha e desprovida de tradição cultural” não terá a construção liberada. A intenção é ter projetos “adequados, econômicos, sustentáveis e agradáveis ao olhar”.
O conjunto de normativas segue o pensamento externado pelo presidente da China, Xi Jinping, em um discurso feito em 2014. Na ocasião ele pediu o fim dos “edifícios estranhos”, particularmente em Pequim. Entre os prédios a que o mandatário chinês fazia referência está a sede da CCTV na capital. O prédio é de autoria do escritório OMA, com sede em Roterdã, na Holanda.
De acordo com o presidente, o país não financiará mais edifícios icônicos quando o projeto for para uso público. “Para projetos residenciais ou comerciais privados, ainda há espaço para inovação”, afirmou Wang Kai, vice-presidente da Academia Chinesa de Planejamento e Desenho Urbanno, ao The New York Times.