Arquitetura

China planeja acabar com “arquitetura estranha”

HAUS
22/03/2016 13:30
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Sede da CCTV, tevê estatal chinesa, em Pequim. O projeto é do aclamado escritório holandês OMA. Projetos como este não serão mais aceitos pelo governo chinês para prédios públicos. Foto: Divulgação / Site OMA

Entre a tradição e a inovação, a arquitetura da China produz prédios de formatos estranhos e gosto questionável. A réplica da Torre Eiffell na cidade de Hangzhou e o World Financial Center de Xangai, que parece um abridor de garrafas gigante, são só uma amostra dos prédios esquisitos.
Entretanto, projetos desse tipo estão com os dias contados. Isso porque o Conselho Estatal e o Comitê Central do Partido Comunista aprovou uma medida para anular projetos com arquitetura estranha, de acordo com informações do jornal The New York Times.
Shanghai World Financial Center, na capital da China.<br>Foto: Divulgação.
Shanghai World Financial Center, na capital da China.<br>Foto: Divulgação.
Arquitetura considerada “superdimensionada, xenocêntrica, estranha e desprovida de tradição cultural” não terá a construção liberada. A intenção é ter projetos “adequados, econômicos, sustentáveis e agradáveis ao olhar”.
O conjunto de normativas segue o pensamento externado pelo presidente da China, Xi Jinping, em um discurso feito em 2014. Na ocasião ele pediu o fim dos “edifícios estranhos”, particularmente em Pequim. Entre os prédios a que o mandatário chinês fazia referência está a sede da CCTV na capital. O prédio é de autoria do escritório OMA, com sede em Roterdã, na Holanda.
De acordo com o presidente, o país não financiará mais edifícios icônicos quando o projeto for para uso público. “Para projetos residenciais ou comerciais privados, ainda há espaço para inovação”, afirmou Wang Kai, vice-presidente da Academia Chinesa de Planejamento e Desenho Urbanno, ao The New York Times.