Arquitetura
Pinhão inspira formato de casa de campo monumental

Projeto do escritório Mareines Arquitetura remete ao formato de um pinhão. Foto: Leonardo Finotti | mareines+patalano¶2016
Fugir da arquitetura clássica dos alpes europeus predominante em Campos de Jordão (SP) era o principal objetivo dos arquitetos Ivo Mareines (Mareines Arquitetura) e Rafael Patalano (Patalano Arquitetura) ao projetar uma casa de campo na região. Para isso, em vez em importar estilos, eles se voltaram a uma influência local para conceber seu desenho: o pinhão, semente típica da Araucária, árvore abundante na região.

A forma orgânica cria curvas ao longo de toda a casa, da fachada aos interiores — substituindo, por exemplo, escadas por rampas e paredes retas por curvas, formando uma planta com formato elíptico. No andar inferior da casa ficam a garagem e a rampa de acesso ao andar social, a qual circunda uma adega.

Já os andares superiores incluem quatro suítes principais, um escritório com vista de 180 graus para as montanhas e uma piscina coberta com spa. O projeto, concluído em 2016, totaliza uma área de 1,3 mil metros quadrados.

“A ideia de entender o que nos pede a terra, com suas plantas, clima e figuras humanas. Encontramos uma terra rica em artesãos, uma natureza deslumbrante aonde domina pinheiros selvagens e principalmente Araucárias, e um clima frio e seco exigindo necessariamente proteção e acalanto para os futuros usuários da casa”, diz o memorial do projeto.

São dois os principais materiais utilizados na casa: pedra e madeira, que se combinam a estruturas metálicas e vidros nas janelas generosas dos ambientes. O objetivo era combinar o aconchego com a valorização da floresta ao redor da casa, criando espaços com vistas privilegiadas para as Araucárias.

A ideia de trabalhar materiais abundantes na região também favoreceu o trabalho de artesãos locais, que colaboraram na execução do projeto.