Arquitetura

Proposta de arquiteto espanhol prevê colonização de Marte usando impressoras 3D

HAUS*
10/03/2016 01:00
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Ocupação em Marte se dará com estruturas impressas em 3D. O projeto prevê geração de oxigênio, permitindo a vida humana no planeta vermelho. Imagens: Divulgação Alberto Villanueva,

Após a NASA ter encontrado água na superfície de Marte no início de 2015, vários profissionais de arquitetura e design, como o renomado Norman Foster, passaram a especular como o Planeta Vermelho poderia ser colonizado.
Muitos destes planos incluem levar materiais de construção da Terra para lá iniciando um processo de poluição do novo mundo antes mesmo de ele ser ocupado. O arquiteto espanhol Alberto Villanueva, do IDEA Architecture Office, no entanto, percebeu uma oportunidade única: utilizar  o próprio solo marciano e fungos do tipo mycelium.
A ideia é utilizar a impressão 3D e bioluminescência. Apesar de parecer um pouco cinematográfica, a ideia recebeu atenção da NASA e da Agência Espacial Europeia.
A primeira etapa do projeto envolve liberar a água do subsolo e torná-la líquida. Para tanto, a intenção é mandar impressoras 3D para Marte e construir estruturas metálicas a partir de basalto e elementos ferrosos encontrados no solo. Estas estruturas aproveitarão a energia gerada por campos eletromagnéticos para derreter o gelo e despejar a água na superfície, criando um sistema de crateras e lagos dentro de 4 a 6 meses.
Veja o vídeo que explica o projeto.
Após ter água em estado líquido, Villanueva pensa em erguer torres capazes de criar uma atmosfera adequada ao ser humano. Estas serão construídas a partir de resina epóxi combinadas ao fungo mycelium, que tem capacidade de suportar condições extremas.
O fungo usará a aguá dos lagos artificiais, aumentando o tamanho das torres por meio do crescimento orgânico e convertendo o dióxido de carbono da atmosfera em oxigênio.
Utilizando dados da NASA, Villanueva calculou que após cerca de seis meses, já se terá quantidade suficiente de oxigênio para criar uma pequena camada atmosférica no planeta. Em dois anos os seres humanos seriam capazes de respirar na superfície de Marte.
Ocupação em Marte se dará com estruturas impressas em 3D. O projeto prevê geração de oxigênio, permitindo a vida humana no planeta vermelho.<br>Imagens: Divulgação Alberto Villanueva,
Ocupação em Marte se dará com estruturas impressas em 3D. O projeto prevê geração de oxigênio, permitindo a vida humana no planeta vermelho.<br>Imagens: Divulgação Alberto Villanueva,
Superada essa etapa, Villanueva  sugere usar uma solução orgânica com bactérias bioluminescentes para gerar luz. Neste momento, as impressores 3D poderão ser programadas para produzirem diferentes tipos de estruturas para os humanos. As estruturas são projetadas para terem uma vida útil de cinco anos, após os quais se decompõem, eliminando qualquer rastro negativo no novo planeta.
Villanueva reconhece que são necessários mais estudos e testes antes que a colonização possa ocorrer. A ideia é fazer testes em locais como a Austrália, o Havaí e as Ilhas Canárias.