Arquitetura contemporânea
Arquitetura
Depois do Bosco Verticale, Boeri anuncia Bosco Navigli, um parque urbano residencial em Milão

Bosco Navigli ficará no bairro homônimo cheio de canais, como os de Veneza, conhecido por seu charme e história. | Stefano Boeri Architetti/Arassociati/AG&P
Depois de influenciar literalmente o mundo inteiro em 2014 com o Bosco Verticale, edifício de Milão que se utiliza do conceito de casas flutuantes e de bosques verticais, o arquiteto italiano Stefano Boeri anunciou o projeto do Bosco Navigli, um grande parque residencial, horizontal e urbano, aberto ao público, no coração boêmio da cidade, conhecido como uma das áreas preferidas dos universitários e dos artistas.
Esse novo empreendimento ficará entre Navigli e Tortona, a 15 minutos do centro da cidade, na direção da Via San Cristoforo, na beira do rio Ticino, com mais de 3 mil m² de área privada e mais de 7,8 mil m² de área pública. O projeto é assinado pelos escritórios Stefano Boeri Architetti e Arassociati, de Giovanni da Pozzo, com paisagismo da AG&P Greenscape.

Segundo o descritivo do projeto, o parque urbano nasce para criar um senso de continuidade entre Tortona e Porta Genova, respeitando a arquitetura histórica, mas olhando também para o futuro e a inovação. Por isso o ponto de partida foi reinterpretar o tradicional pátio das casas da Lombardia como um grande espaço público dinâmico.
E os volumes residências vão aparecendo de forma espiral e crescente ao redor da área verde. E os apartamentos seguem a mesma linguagem do Bosco Verticale, com alta performance energética, painéis fotovoltaicos no telhado, utilização da água da chuva e balcões espaçosos para plantas e árvores.

O complexo residencial terá várias entradas pela longa Via San Cristoforo, e contará ainda com um restaurante com acesso público no térreo, um bistrô e um centro de bem-estar no primeiro andar.
A arquitetura pensada horizontalmente por Boeri e pelo Arassociati brincará com cheios e vazios, assegurando luz natural abundante, ventilação e contraste. Nas sacadas, os arquitetos empregaram um sistema alternado, criando um movimento e uma modulação que ajudam a filtrar a poluição sonora e atmosférica.

Ao todo serão 8 andares, com uma altura máxima do empreendimento de 32 metros. E dois subsolos para estacionamento de 4,7 mil m². A área terá ainda espaços para lojas, práticas esportivas, parquinho infantil, piscina, ciclovia e coworking.
Ainda não há previsão para finalização da obra.
Veja mais fotos do Bosco Navigli:









