Arquitetura
Arquitetas protestam contra desigualdade de gênero na Bienal de Veneza

As arquitetas Martha Thorne, Caroline James, Odile Decq e Fashid Moussavi lideraram o movimento. Foto: Dezeen/Reprodução
A Bienal de Arquitetura de Veneza começa oficialmente neste sábado (26), mas arquitetas de todo o mundo já deram início às discussões pelas ruas da cidade italiana. Mais de 100 pessoas participaram hoje (25) de um protesto contra a discriminação de gênero na arquitetura. A mobilização aconteceu no Giardini, uma das principais áreas da mostra. As arquitetas Martha Thorne, Caroline James, Odile Decq e Fashid Moussavi lideraram o protesto.
Thorne, diretora executiva do Prêmio Pritzker, iniciou o evento com a leitura de um manifesto intitulado Voices of Women (Vozes de Mulheres, em tradução livre). “Não vamos ficar em silêncio”, é uma das frases do texto.

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“A Bienal de Veneza 2018 FREESPACE é um bom momento para despertar para promover o tratamento justo e respeitoso para todos na arquitetura, independentemente de gênero, raça, nacionalidade, sexualidade e religião”, diz o manifesto. O texto também destaca que, apesar das mulheres não serem minoria no mundo, são na arquitetura. “Queremos que o mundo da arquitetura seja um reflexo melhor do mundo em que vivemos”.
A mobilização também prestou homenagem às arquitetas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara, fundadoras da Grafton Architects e curadoras da Bienal deste ano. Em 16 edições, esta é apenas a segunda vez em que o evento não tem curadoria de um homem.
Arquitetas renomadas como Jeanne Gang, Alison Brooks, Deborah Saunt (DSDHA), Francine Houben (Mecanoo), Toshiko Mori, Benedetta Tagliabue, Massimiliano e Doriana Fuksas estiveram presentes. Paola Antonelli e Beatrice Galilee, curadoras do MoMA e The Met, respectivamente, também somaram suas vozes à manifestação.
*Especial para a Gazeta do Povo, com informações de Dezeen.