Arquitetura

Imóvel antigo ganha decoração ousada e muita arte para abrigar bar em Curitiba

HAUS
06/06/2017 21:43
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As obras de Tony Reis e Dimas são os destaques da decoração do bar. Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo | Carolina Werneck Bortolanza

A jovem arquiteta Flávia Hoffman, formada há apenas um ano, assina o projeto do Arcobaleno, bar voltado para o público LGBT inaugurado em maio, no centro de Curitiba. O nome do local, que significa arco-íris em italiano, foi usado como inspiração para as cores suaves escolhidas para a área interna do estabelecimento.
Construída bem no meio do bar, em torno de uma coluna, uma árvore estilizada, feita com ripas de madeira e assinada por Tony Reis capta toda a atenção de quem entra. O artista tem ainda outro trabalho no Arcobaleno, uma espécie de colagem que se desprende da parede atrás do balcão e atravessa a boca de uma grande caveira. Somadas ao grafite de Dimas, as duas obras são o grande destaque. Para Flávia, essas parcerias foram fundamentais para ressaltar as características arquitetônicas do ambiente. “O que eu mais gostei nesse projeto foi de não ter feito sozinha, mas com artistas que permitiram que o meu trabalho se valorizasse muito”, diz a arquiteta.
Um grafitti de Dimas ocupa quase toda uma parede do bar. Ao fundo, obra de Tony Reis. Foto: André Rodrigues
Um grafitti de Dimas ocupa quase toda uma parede do bar. Ao fundo, obra de Tony Reis. Foto: André Rodrigues
Árvore estilizada feita com ripas de madeira no Arcobaleno. Foto: André Rodrigues
Árvore estilizada feita com ripas de madeira no Arcobaleno. Foto: André Rodrigues
O Arcobaleno funciona no imóvel antigo onde, até dezembro, ficava uma unidade do Txapela. O prédio fica na Rua Ébano Pereira e a estética do exterior foi mantida, contrastando com a decoração ousada do ambiente.
Do espaço antigo, Flávia manteve os tijolos aparentes que cobrem as paredes e o piso de madeira natural. “Eu sempre gostei de tijolo, porque ele tem uma textura linda, então resolvi descascar os pedaços de parede que antes tinham reboco e pintura, para deixar o bar todo bem texturizado”, explica. Atrás do balcão, uma grande parede verde tem folhagens escolhidas pela arquiteta para dar seu toque especial ao projeto. “O verde é tudo na decoração. Eu coloco em todos os projetos que faço, porque as plantas dão outra vida ao local.”
A parede verde atrás do bar é uma marca registrada da arquiteta Flávia Hoffman. Foto: André Rodrigues
A parede verde atrás do bar é uma marca registrada da arquiteta Flávia Hoffman. Foto: André Rodrigues
Escolhido para batizar o bar, o colorido arco-íris aparece pontualmente do lado de dentro, de acordo com o pedido feito pelos sócios Mauricio Camargo e Marcelo Mendes dos Santos. Poltronas e bancos baixos vêm em tons pastel, mais suaves. Algumas cadeiras e os bancos altos que margeiam o balcão são pintados em vermelho, mas o restante do espaço tem tonalidades discretas. Coloridas mesmo só as obras de arte.
As cores escolhidas para o projeto fazem referência ao nome do bar. Foto: André Rodrigues
As cores escolhidas para o projeto fazem referência ao nome do bar. Foto: André Rodrigues
Santos conta que a ideia era oferecer um ambiente especialmente pensado para o happy hour. “Nós sentimos falta de um bar para o público LGBT que fosse mais tranquilo e não uma balada, então resolvemos criar um conceito novo”, diz. Com o espaço para o DJ bem ao lado das mesas, o Arcobaleno é um espaço para relaxar ao final do dia e conversar com os amigos enquanto se aprecia uma das 18 opções de drink do cardápio, seja no interior, seja no deque externo. “A música é ambiente para permitir que o pessoal se sente e consiga bater um papo. Colocamos o DJ em um lugar bem acessível para isso mesmo”, explica o dono.

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