Imóveis com cômodos de tamanhos cada vez mais reduzidos exigem planejamento específico para comportar móveis e objetos de decoração. E as cozinhas não fogem à regra. Afinal, além da questão estética, ela ainda precisa ser funcional para trazer praticidade ao momento de preparação das refeições e facilidades para o dia a dia de quem cozinha e de quem é responsável pela sua limpeza e manutenção.

E não há segredo. Além do desejo e do atendimento às necessidades dos moradores, um bom projeto de cozinha exige acompanhamento de um arquiteto para que todos os cantinhos possam, sim, ser aproveitados ao máximo, mas sem que seja necessário abrir mão do conforto, da funcionalidade e da beleza do ambiente.

HAUS reuniu cinco dicas você para montar uma cozinha pequena que não deve em nada às maiores. Confira!

Antes de começar a comprar móveis e eletrodomésticos é preciso ter em mente que em uma cozinha pequena não há margem de erro. Por isso, vale ressaltar a importância de um planejamento bem feito para fugir de surpresas desagradáveis.

É necessário, por exemplo, dar atenção à quantidade e localização dos pontos elétricos e hidráulicos e compatibilizá-los com a marcenaria, marmoraria e pintura.

“A geladeira dita as regras do projeto”, enfatiza a arquiteta Isadora Araujo, do Panapaná Estúdio de Projetos. Sem exageros, o item, por ser o maior da cozinha, deverá se adaptar às medidas. A escolha da geladeira, além dos demais eletrodomésticos, precisa ser feita desde o estudo preliminar do projeto da cozinha.

Para deixar o ambiente o mais equilibrado possível, a proporção e a coerência são presenças necessárias do começo ao fim do projeto. Pensando nisso, o ideal é controlar as expectativas, eleger um estilo que combine com a personalidade dos moradores e, acima de tudo, compreender os tamanhos disponíveis.

Em ambientes pequenos é necessário fazer o melhor aproveitamento possível do espaço. Cada cantinho tem potencial para ser usado de maneira funcional. “O ideal é optar por armários e gavetas bem estruturados, que não demandem muito espaço e espessura”, pontua Isadora.

Seja de MDF ou madeira, as proporções devem ser respeitadas. Atualmente, muitos elementos se adaptam à tendência dos projetos das cozinhas integradas, feitas em uma planta contínua. Os eletrodomésticos, por exemplo, já são fabricados com medidas mais estreitas, altas e profundas. Assim, a marcenaria deverá acompanhar esse fenômeno, com tamanhos coerentes e que se encaixem perfeitamente no planejamento.

Uma dica valiosa que precisa ser levada em consideração é a altura dos moradores. Afinal, não adiantará posicionar as peças altas ou baixas demais dificultando o acesso das pessoas. Por isso, o estudo preliminar deverá trazer todas as peculiaridades do projeto, sobretudo em um ambiente complexo como a cozinha. Sendo um cômodo muito frequentado por todos os moradores, o conforto e a praticidade são as palavras de ordem para cada decisão.

Depois de pronta, a cozinha receberá os inúmeros utensílios diários. Potes de diferentes tamanhos, talheres, panelas, pratos, toalhas de mesa, entre outros, ocuparão as gavetas e armários.

Se não há espaço de sobra, basta usar a criatividade. Aproveitar as paredes para fixar ganchos e nichos ajudará na organização. Os temperos e especiarias podem se tornar imãs de geladeira e elementos da decoração. Nesse quesito, vale colocar a criatividade em ação para inserir uma pitada de personalidade na cozinha.