Como usar elementos da natureza em espaços comerciais
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Jardim vegetal vazado é o destaque da fachada desse centro universitário. Foto: Aldo Rempel
Trazer plantas para dentro de ambientes comerciais ajuda a conferir aconchego aos espaços, em geral mais frios. Em meio a áreas urbanas, o uso de elementos naturais resgata o equilíbrio e deixa os espaços mais leves, bonitos e agradáveis. Algumas pesquisas dizem, ainda, que ter plantas nos ambientes comerciais pode aumentar em até 15% a produtividade dos colaboradores. No Anuário HAUS 2018, sete projetos comerciais mostram formas diferentes e criativas de inserir plantas na decoração. Confira!
Restaurante japonês
Camila Feriato Vieira e Vivian Lazzarotto assinam o projeto do restaurante japonês Kuamrak, que traz plantas artificiais e naturais. Como o espaço privilegia cores sóbrias, o uso de elementos da natureza ajuda a trazer aconchego e sensação de acolhimento. As plantas foram colocadas no hall de espera e na separação com o espaço kids. Nas floreiras internas foram utilizadas folhagens naturais que são indicadas para lugares fechados e requerem pouca manutenção. O objetivo foi criar uma “barreira natural”, garantindo privacidade para quem está nas mesas, mas ainda trazendo certa permeabilidade visual. Nos nichos do sushi e no lavatório as profissionais optaram pelas plantas artificiais, devido a iluminação insuficiente. Na parte externa, a iluminação cênica foi usada para destacar uma árvore existente no terreno.
![Plantas foram usadas para dividir espaços nesse restaurante japonês. Foto: Joel Rocha](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/5-2e32f3f0.jpg)
Clínica de estética
Henning Kunow e Leticia Kunow escolheram o bambu chinês da sorte para a ambientação de uma clínica de estética. O fato de o espaço da clínica receber bastante luz e ventilação naturais possibilitou a opção. A planta, que foi posicionada recepcionando os clientes, foi escolhida por ter porte altivo e um tom de verde vivo. Além disso, a mesa de atendimento também recebeu plantas de pequeno porte, trazendo equilíbrio e vida ao espaço.
![Bambu foi escolhido como adorno para essa clínica de estética. Foto: Lucas Ferreira](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/4-2e32f3f0.jpg)
Centro universitário
Adolfo Sakaguti e Tatiana Sakaguti Watanabe elaboraram um projeto para um centro universitário em uma confluência de ruas de altíssimo tráfego. O prédio foi construído com um recuo de 10 metros, possibilitando a instalação de um espelho d’água com uma escultura e jardins em floreiras multicores. Além disso, a proposta contrariou a horizontalidade, criando um jardim vertical vazado de quatro andares de altura nas duas fachadas do prédio. A planta utilizada foi o aspargos, resistente à poluição.
![Jardim vegetal vazado é o destaque da fachada desse centro universitário. Foto: Aldo Rempel](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/1-2e32f3f0.jpg)
Gelateria
No projeto do arquiteto Givago Ferentz para a Gelateria Briele, a busca pelos elementos da natureza foi de fundamental importância para o conceito, inspirado em casas italianas. O local recebeu, tanto na área interna quanto externa, uma composição dos vasos e floreiras que, unidos à composição do ambiente, tornam-se partes integrantes do espaço. Alguns vasos pontuais com árvores de médio porte e uma diversidade de pequenas vegetações foram espalhadas por todo o ambiente. A trepadeira na parede do banheiro completa o uso de plantas na decoração. Tudo isso contrapondo-se à textura arenosa dos tijolos da fachada e da praça frontal – propositalmente tomados por limo –, que criam um cenário tanto sólido e impermeável quanto natural.
![Árvores de médio porte, vasos, floreiras e a trepadeira no banheiro compõe a decoração da gelateria. Foto: Fernando Zequinão](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/gelateria-briele-2-cred_fernando-zequinc3a3o2-2e32f3f0.jpg)
Café
André Henning Ferreira e Cristina Kletemberg Kizltyka assinam o projeto do Go Coffee, um café no centro de Curitiba. Por se tratar de um local para fazer pequenas pausas e relaxar, as plantas foram usadas para trazer sensação de conforto e relaxamento. No espaço, diversos pontos com samambaias, aspargos, suculentas e outras plantas que são de fácil cuidado no dia a dia marcam presença.
![Plantas ajudam a compor um ambiente ideal para pausas durante o dia. Foto: Rodrigo Pierrot](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/2-2e32f3f0.jpg)
Hotel
Catherine Moro escolheu usar um paredão verde para trazer mais vida ao lobby de um hotel. Com isso, o lobbybar oferece um ambiente mais aconchegante, cujos móveis, inteligentes e soltos, garantem flexibilidade e conforto. As plantas foram posicionadas nas laterais do paredão de pedras. Pelo salão, diversos vasos de tamanhos diferentes ajudam a compor o espaço e trazer aconchego. Os elementos da natureza conversam também com a iluminação cênica interativa, que varia de acordo com o momento do dia ou da noite gerando variações cromáticas e sensações diferenciadas.
![Jardim vertical foi usado em contraposição à parede de pedras. Foto: Guilherme Klaine](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/3-2e32f3f0.jpg)
Empresa de comunicação
O projeto para uma grande empresa de comunicação, assinado por Sonia Araújo, privilegiou o uso de plantas em todos os ambientes. Seguindo o conceito de sustentabilidade do prédio no qual a empresa está instalada – que inclusive conta com uma área verde com vegetação nativa – o verde e os tons terrosos foram usados para deixar o ambiente mais humanizado. Vasos de diversos tamanhos e com diferentes tipo de espécies ocupam o espaço e completam a decoração.
![Vasos de diferentes tamanhos foram espalhados por todos os ambientes dessa empresa de comunicação. Foto: Joel Rocha](https://static.revistahaus.com.br/revistahaus/2018/11/201811/arq-sonia-arac3bajo_foto-joel-rocha-12-2e32f3f0.jpg)
*Especial para a Gazeta do Povo