Fechar as cortinas com um comando de voz; entrar em casa sem a necessidade de chaves, usando apenas a impressão digital; viver em uma residência sem interruptores, onde a iluminação artificial se adapta automaticamente à necessidade do ambiente. Comodidades como essas não são mais uma utopia de um futuro distante, mas uma realidade cada vez mais próxima do cotidiano. Se a automação residencial já foi vista como um luxo para poucos, agora ela se transforma, cada vez mais, em uma necessidade. Quem garante isso é Adilson Ribeiro, representante em Curitiba da Teletask, empresa europeia de soluções para casas inteligentes que tem representação exclusiva no Sul do Brasil pela Ideally.

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“Esse mercado vem apresentando crescimento contínuo há bastante tempo, e agora, pós-pandemia, houve uma explosão. As pessoas que ficaram mais em casa sentiram a necessidade desse conforto, de ter uma habitação que proporcione prazer”, afirma Ribeiro. A automação residencial permite controlar os mais diversos dispositivos — como uma lâmpada ou um ar-condicionado, por exemplo — por meio de uma interface como um aplicativo no smartphone ou um assistente pessoal, como a Amazon Alexa. O objetivo é facilitar a vida dos moradores a partir do controle e do gerenciamento por voz, gestos ou até mesmo de maneira remota. Ou seja, com a automação é possível controlar a casa toda mesmo à distância.

A automação residencial é totalmente personalizável ao estilo de vida e às necessidades dos moradores. “Vai do que o cliente deseja, daquilo que ele vê valor, do que ele espera que a casa inteligente dele faça e de como ele quer interagir com essa casa”, explica Karlos Voltolini, diretor-técnico da Blue Automação. “O primeiro benefício que o morador sente com a automação é o conforto, a facilidade de sair de casa e não ter que conferir se está tudo desligado, por exemplo. Você dá um comando no interruptor de saída de casa, ou para o próprio Google Home ou Alexa, e desliga a casa inteira. A pessoa percebe a melhora na qualidade de vida porque fica muito mais fácil interagir com a residência”, afirma Voltolini.

Outro benefício da automação residencial é a economia de energia. “Conseguimos programar a casa para que as luzes desliguem se não houver alguém no ambiente por um certo tempo. Se a janela estiver aberta e o ar-condicionado estiver ligado, há o desligamento automático do aparelho, ou notificação ao proprietário da casa”, diz Voltolini. “Os interruptores e teclas para ligar e desligar lâmpadas vão desaparecer com a iluminação inteligente. Se a casa estiver servida por iluminação natural, a artificial será desligada. A temperatura de cor, mais amarelada ou branca, também pode ser ajustada de acordo com o horário do dia ou necessidade do morador”, explicita Ribeiro.

Quem pretende viver em uma casa inteligente deve pensar na automação desde o projeto inicial. Para isso, existem empresas que prestam consultoria específica nesta área para engenheiros e arquitetos responsáveis pela obra, como a Ideally e a Blue Automação. “Muitas vezes as pessoas nem sabem que determinados dispositivos existem, descobrem depois que a casa já está construída. A consultoria é o espaço em que explicamos as possibilidades, entendendo o modo de vida do cliente, o que é adequado e relevante para ele”, ressalta Ribeiro. Porém, mesmo casas mais antigas podem ser adaptadas para receber os dispositivos inteligentes. “Existem equipamentos pensados para os casos de reformas, com detalhes no sistema que permitem fazer a interface entre a central de automação e os painéis de controle da casa com um único cabo, para evitar a necessidade de quebras”, esclarece o representante da Teletask.

Para quem quer começar a entender mais sobre automação na prática gastando pouco, Voltolini indica comprar uma Alexa. “Mas ela sozinha não faz muita coisa, por isso eu sugiro comprar também um dispositivo de controle wi-fi, um interruptor ou uma fita de led wi-fi”. Segundo ele, investindo a partir de R$ 500 já é possível fazer uma pequena automação em um quarto ou em uma sala, controlando três ou quatro lâmpadas. Para escalonar a automação para uma residência completa, o valor aumenta de acordo com o tamanho do imóvel, necessidades e tecnologia empregada. “Um projeto inicial geralmente parte de R$ 8 ou 9 mil”, conclui.