Alta de 17,1% na arrecadação e de 4,5% no volume das guias de ITBI no primeiro semestre de 2024 chancelam bom momento do mercado imobiliário da capital
Os números do mercado imobiliário de Curitiba estão alinhados à percepção que os curitibanos mais atentos têm ao transitar pela cidade e verificar o volume de obras em andamento: a de que o setor está aquecido.
Dados recentes do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sistema Secovi-PR, apontam que o primeiro semestre de 2024 foi o melhor em vendas dos últimos três anos. Para tanto, o estudo leva em conta o avanço de 4,5% na emissão as guias de ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis) no período, no comparativo com os seis primeiros meses de 2023, com um total de 22.130 pagamentos ao município.
Na esteira, cresceu também o montante arrecadado, cerca de R$ 282,5 milhões, que é 17,1% superior ao registrado no igual período do ano anterior. No comparativo com 2022, o aumento é ainda maior (19,3%). Naquele ano, foram destinados aos cofres públicos R$ 227,9 milhões a partir do pagamento do imposto.
Ainda segundo o estudo, a procura aquecida por imóveis residenciais, comerciais e por terrenos e o aumento do ticket médio total negociado no período, que saltou de R$ 401.778 para R$ 470.784 (+17,2%) são fatores que justificam a alta.
Para o presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Luciano Tomazini, os resultados são promissores uma vez que, historicamente, o segundo semestre de cada ano costuma ter desempenho melhor do que o dos primeiros seis meses.
Entre os endereços queridinhos pelos compradores, o Centro lidera com 14% das negociações residenciais, seguido por Água Verde (5,5%), CIC (5%), Boa Vista, Boqueirão e Santa Cândida (4,5% cada), e Bigorrilho e Novo Mundo (ambos com 3,5%).
