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Sobrados em condomínio fechado e apartamentos de dois dormitórios puxam vendas de usados em Curitiba
A queda na oferta de crédito e o anúncio das mudanças referentes à contratação do financiamento pela Caixa Econômica Federal não foram suficientes para frear as vendas de imóveis usados em Curitiba (PR).
Em outubro, a Venda de Usados Sobre Oferta (VUSO) residencial manteve-se muito próxima dos percentuais registrados durante o ano de 2024 e ficou na casa dos 4,6%.
Naquele mês, tiveram destaque os apartamentos de dois dormitórios, cujo VUSO aumentou 23,37% no comparativo com setembro e chegou a 9,5% no mês seguinte. Junto dele, os sobrados e casas em condomínios fechados também apresentaram crescimento nas vendas sobre a oferta. No primeiro caso, o aumento foi de 41,93%, com VUSO de 4,4% em outubro, no comparativo com setembro. No segundo, o crescimento registrado foi de 95%, com o volume de vendas chegando a 3,9%, no igual período. Os dados são do levantamento divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Sindicato da Habitação e Condomínio do Paraná (Secovi-PR).
“Os imóveis usados continuam tendo boa valorização e velocidade de vendas”, avalia Josué Pedro de Souza, vice-presidente de lançamentos e comercialização imobiliária da entidade.
Outro ponto que explica o crescimento das vendas dos apartamentos de dois quartos e dos imóveis em condomínio fechado é sua atratividade junto aos investidores, considerando que esses imóveis têm boa performance no mercado de locação imobiliária da capital paranaense, segundo o Secovi-PR.
A evolução do valor do ticket médio registrado no período é outro indicador do bom desempenho do mercado de usados. Em outubro, ele foi de R$ 494.872, aumento de 24,6% no comparativo com o igual mês de 2023 (R$ 397.307).
“A perspectiva para o próximo ano é que o mercado de venda de usados continue nesse ritmo. Não veremos crescimento acelerado nas vendas, a não ser que haja alguma mudança na política econômica, mas também não prevemos redução dos preços. Seguiremos o cenário de estabilidade que balizou os últimos dois anos”, projeta Luciano Tomazini, presidente do Inpespar e vice-presidente de economia e estatística do Secovi-PR.