Mercado em expansão

HAUS Imobi

O luxo no Mercado Imobiliário

Jean Daniel
02/03/2024 19:46
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Empreendimento PACE, a ser construído em Curitiba, Paraná. | Divulgação

A cidade enquanto “organismo vivo” que é, passa por transformações constantes que nada mais são do que um reflexo da própria sociedade que nela habita. Neste contexto, ruas são adaptadas, parques são criados, e as tendências que antes faziam substituir área verde por vias de trânsito para os carros, hoje apontam para o contrário. Estamos priorizando o verde no contexto urbano e os modais de trânsito sustentáveis. Estes são apenas alguns dos exemplos de como a vida humana, com suas prioridades (sejam elas sociais, econômicas ou políticas), determinam muito da construção de uma cidade. Ela orienta os seus espaços e formas de ocupação, e impacta diretamente no mercado imobiliário. 

Luxo Clássico

Desse mesmo modo, quando falamos do luxo, estamos analisando um dos aspectos da sociedade, um processo muito antigo, e que começa a tomar um formato mais definido a partir da Idade Média. Este “luxo antigo”, de característica predominante da distinção de classes, ostentação, é o luxo clássico. No setor imobiliário ele ainda é muito presente na orientação de marcas, estilos arquitetônicos e processos de venda. E por consequência, define muitos modelos de ocupação de cidades (um grande exemplo dessa vertente é Balneário Camboriú). 

Luxo Contemporâneo

Já quando falamos de uma vertente do luxo mais atual, diferentes razões acabam levando à criação do luxo contemporâneo. É um movimento recente, e que valora não mais o bem material ou serviço por si só, mas as experiências a que estas coisas levam. Com isso, traçando uma conexão direta com a construção civil, o piso em mármore nos banheiros, por exemplo, passa a dar lugar a um revestimento que remete à terra ou pedra bruta, o design biofílico aparece, e o mais importante passa a ser a experiência da sensação de “contato com a natureza” na hora do banho, e não mais o aspecto de palacete.  

Cenário Imobiliário

Em geral, o mercado imobiliário brasileiro sempre foi muito dominado pelo luxo clássico. Mas, algumas cidades do país despontam na edificação de propostas mais alinhadas ao luxo contemporâneo, como é o caso de São Paulo e Curitiba. Na capital paranaense, por exemplo, empreendimentos como o PACE, da incorporadora AG7, apostam na venda do bem-estar. Conta com serviços variados de cuidados à saúde, sem deixar de apostar na boa localização, qualidade construtiva e sustentabilidade. Em São Paulo, o complexo Cidade Matarazzo também se alinha a uma proposta de criar experiências ao usuário, e de igual forma, com destaque para sua localização privilegiada na cidade e detalhes construtivos de alto padrão.  

Força de Venda

O fato é que, seja por uma vertente ou outra, o mercado de luxo continua crescendo de forma robusta. Ano após ano, mesmo as crises econômicas que temos enfrentado não foram suficientes para frear o setor. Em uma reportagem recente para a revista Forbes, uma pesquisa da consultoria Brain revelou que somente no ano de 2023, o mercado dos imóveis de luxo e superluxo cresceu cerca de 40% na cidade de São Paulo. O que movimentou mais de R$ 15 bilhões em VGV (Valor Geral de Vendas), resultando num aumento efetivo de 21% na comparação anual. Devemos relembrar ainda as vendas recordes de artigos de luxo mesmo durante a pandemia de COVID. Na época, isso já reforçava a resiliência desse mercado, um ambiente seguro para se investir, mas que exige alta precisão e forte construção de marca.

 

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