O mercado de locação residencial apresentou queda e registrou seu pior índice no último mês de agosto: 14,8%, tendo como base o Índice de Locação Sobre a Oferta (LSO). O desempenho foi de 11,5 pontos porcentuais (p.p) negativos em relação ao mês de julho, e de 11,4 p.p abaixo do realizado no mês de agosto de 2023.

Na série histórica de 2024, até agosto, o menor porcentual havia sido registrado em abril, quando o LSO atingiu os 20%, segundo dados do estudo mais recente divulgado pelo Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), integrante do Secovi-PR. O maior porcentual, por sua vez, foi registrado no mês março, quando 28% dos imóveis ofertados na capital paranaense foram locados.

A sazonalidade do mercado de locação, cuja procura costuma ser tradicionalmente menor no mês de agosto, é apontada pelo presidente do Inpespar e vice-presidente de Economia e Estatística, Luciano Tomazini, como o principal motivador da queda no porcentual de unidades negociadas.

O valor cobrado pelos aluguéis, em contrapartida, mantém o ritmo de crescimento com aumento de 3,5% em relação a julho e ticket médio de R$ 1.935, em agosto. Para Marília Gonzaga, vice-presidente de locação e administração imobiliária da entidade, o patamar elevado do preço dos aluguéis é outro fator que impacta o fechamento dos negócios.

Cenário um pouco distinto apresenta o setor de locação comercial, que segue estável com LSO de 6,8% - 0,6 p.p abaixo do registrado no mesmo mês de 2023.

O Centro segue como endereço mais procurado pelos novos inquilinos, representando 25% das buscas. Em seguida, aparecem Juvevê (6,8%), Água Verde (5,1%) e Bigorrilho (4,3%).