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Neoville, a fazenda que virou região planejada

Maria Emilia Staczuk
16/10/2024 07:45
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Marcelo Canet Krause, um dos sócios e conselheiros da Canet Júnior, conta um pouco da história do Neoville e da empresa | Letícia Moreira

Encontrar o Neoville no mapa é fácil. Navegando pelas imagens aéreas, salta aos olhos uma extensa área verde demarcada entre uma imensidão de prédios. É ali, na zona sul de Curitiba, que fica a região planejada que há 17 anos está sendo desenvolvida pela incorporadora Canet Júnior. Marcelo Canet Krause, um dos sócios e conselheiro da empresa, conta um pouco da história dessa área, que já foi uma fazenda da família.

Qual é a história dessa área, originariamente, de um milhão de metros quadrados aqui na região Sul de Curitiba?

Essa área era uma fazenda do meu bisavô, pai da minha avó. O meu bisavô teve dois filhos, a minha avó e um irmão que faleceu cedo. Na época que meu bisavô faleceu, essa área foi dividida em dois, metade ficou para os herdeiros e metade para a minha avó.
Quando da implementação da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), nos anos 1970, os herdeiros venderam a sua parte, onde foram implementadas algumas indústrias, e meus avós aguardaram, até o início dos anos 2000, quando a região estava toda urbanizada, para começar a empreender nela.
O arquiteto Ricardo Amaral foi contrato para fazer o projeto da região, já que não havia um zoneamento específico da área. Quando nós definimos essas diretrizes de ocupação junto à Prefeitura de Curitiba, tivemos que doar quase 50% da área de bosques e parques.
Dividimos o que, até então, era um vazio urbano em quadras e lotes e começamos a, efetivamente, vender como Neoville, uma região planejada na zona Sul de Curitiba, em 2007.
O Neoville tem uma oferta variada de imóveis, desde apartamentos até condomínios fechados | Divulgação
O Neoville tem uma oferta variada de imóveis, desde apartamentos até condomínios fechados | Divulgação

A trajetória da Canet no mercado imobiliário é anterior ao Neoville. Como foi essa jornada?

Na década de 1970, meu avô, Jayme Canet Júnior, foi um dos sócios da Habitação. A empresa construiu um milhão de metros quadrados em Curitiba, entre eles, o edifício Jayme Canet, que é o nome do meu bisavô, na Rua Voluntários da Pátria, no Centro, onde hoje é a nossa sede.
No início dos anos 1990, a empresa foi vendida e continuou a atuar no mercado imobiliário como Harbor. Uns dois anos depois meu avô saiu da sociedade para criar a construtora Canet Júnior e desenvolver o Neoville.
No início, foi algo bem simples, a gente começou a vender os loteamentos com um guarda-sol e três cadeiras de plástico. Com o passar do tempo, nós percebemos que realmente precisava de uma estrutura mais robusta e a empresa foi crescendo junto com a região.

Como se deu essa transição da gestão da incorporadora, do seu avô, até chegar aos filhos e netos?

Eu me formei em Engenharia Civil, mas fui trabalhar na área financeira. Fiz pós-graduação fora do país e, quando eu voltei, passei a trabalhar com o meu avô. Quando o projeto do Neoville começou, ele me convidou a fazer parte da equipe. No começo a operação era mais simples, mais voltada para a área de projetos.
Chegou um momento em que nós reformulamos todas as empresas do grupo. O comando foi transferido pelo meu avô aos filhos e netos e firmamos um acordo de acionistas entre todos os sócios, criando um conselho de administração para as duas maiores empresas, que eram a Canet Júnior e o Hotel Deville. Assim, nós profissionalizamos a gestão, trazendo executivos profissionais para tocar o dia a dia dos negócios.
A incorporadora Canet Júnior está focada no desenvolvimento imobiliário da Região Sul de Curitiba | Letícia Moreira
A incorporadora Canet Júnior está focada no desenvolvimento imobiliário da Região Sul de Curitiba | Letícia Moreira

Que tipos de imóveis podem ser encontrados no Neoville, hoje?

Hoje, nós temos uma oferta variada, desde apartamentos econômicos e terrenos de rua até coberturas e lotes em condomínio fechados de alto padrão. É importante destacar que o metro quadrado do Neoville sempre se valorizou desde o início. As pessoas que compraram um terreno ou imóvel no Neoville, tanto no começo, quanto agora, sempre viram seu patrimônio crescer.

Qual o portfólio de lançamentos da incorporadora ainda para esse ano?

Nesse ano, nós lançamos o Paseo Santiago, condomínio fechado de lotes, que teve 80% das unidades vendidas no lançamento e tem apenas três terrenos disponíveis. E, nessa semana, vamos lançar outro condomínio fechado de lotes, o Paseo de Ávila, em que nós vamos comercializar as unidades e construir a infraestrutura do condomínio. Para o lançamento de edifícios, nós firmamos algumas parcerias estratégicas com outras empresas, como Rottas, Florenzano e Prestes.

A empresa pretende atuar em outras regiões da cidade, além do Neoville?

Há alguns anos, nós decidimos em focar no Neoville. Mas eu acredito que, quando os terrenos estiverem acabando e a região estiver totalmente ocupada, certamente nós iremos rever essa posição e vamos decidir para que rumo vamos levar a empresa. A princípio, enquanto tiver trabalho, nós vamos nos dedicar inteiramente à região.