Às vésperas do segundo turno das eleições em 15 capitais pelo Brasil, 85% dos eleitores dizem desejar que os prefeitos eleitos invistam em políticas de estímulo à habitação popular em suas cidades. Para eles, a habitação (5%) aparece em quarto lugar, atrás de saúde (54%), educação (18%) e segurança (13%), quando perguntados sobre a prioridade para o investimento dos novos governantes para a melhoria da qualidade de vida nas cidades. Trânsito, planejamento urbano e transporte vêm na sequência, com 4% das respostas cada.

Os dados são do estudo "Expectativas da população para a nova gestão pública", apresentado nesta quinta-feira (24) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. O levantamento ouviu mais de 1 mil entrevistados em 20 cidades (12 capitais e 8 do interior) no último mês de agosto, portanto, antes do primeiro turno das eleições municipais.

Cerca de 75% deles também dizem apoiar os prefeitos que invistam em políticas de estímulo para o mercado imobiliário que visem aumentar a oferta de casas e apartamentos e, assim, equilibrar o preço dos imóveis em suas cidades. 78%, 75% e 58% dos entrevistados priorizam a habitação em detrimento do investimento em obras públicas, mais áreas verdes e transporte público nos municípios, respectivamente.

A pesquisa também avaliou a percepção dos cidadãos sobre a qualidade de vida da população de suas cidades. A maioria dos entrevistados (54%) avaliou como ruim (43%) ou péssimo (11%) o bem-estar de seus habitantes. Para outros 44% ela é considera boa e apenas 2% a avaliam como ótima.

Os dados demonstram que os ouvidos pela pesquisa consideram sua própria qualidade de vida melhor do que a da população em geral, considerando que 72% a tem como boa, enquanto 14% a consideram ótima - ruim e péssimo tiveram 12% e 2% das respostas, nessa ordem.